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Perderam brilho, ardor e chama.
Decrescem os dias, aumenta a solitude,
a introspeção é convidada assídua,
já cansativa e impertinente.
Dos dias molhados escorrem nostalgias,
envolvidas em quimeras doces de esperança,
aspirando um porvir purificado, com mais amor,
justiça, solidariedade e ternura.
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Deseja-se que a pungente situação seja extinta,
Vive-se esperando e protegendo a vida.
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Sonhos saltitantes, travessos, promissores,
chegam sem qualquer aviso,
semeiam jardins de encantos e alegrias,
embalados por sublimes sinfonias ou
serenatas dolentes e divinais
em auspiciosas vigílias que ornamos de estrelas.
Sonhos que iluminam o olhar, afagam a alma
numa amenidade que perfuma os sentidos.
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São eles que nos mantêm firmes e aprumados
na nossa resiliente e teimosa valentia.
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MajoDutra
Pintura de Andrei Belichenko