Na Semana Santa
fala o menos possível,
afasta-se do ruído, do alarde
e recolhe-se em
silêncio
meditativo,
aprecia viver
como uma eremita.
Reúne-se intimamente
com as grandes obras divinas:
montanha ou oceano.
Junto do mar,
alia-se à vida marinha,
contempla
a esplendorosa abóbada azul
e olha com ternura
as graciosas aves do céu.
Adora ouvir marulhar,
sentir a carícia
da brisa no rosto e na pele,
notar como aspira
o ar vital
olente de maresia.
Em rigor e pormenor,
-- com veneração --
faz a sua passagem pascal
meditando em si,
em Deus
e no mundo.
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MajoDutra
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