⭐ A MINHA LIBERDADE...

Baize o som... Pianíssimo...

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 A liberdade que respiro

não se sujeita a barreiras,

nem a confinamentos.

*

É certo que a aprecio

com um inexcedível prazer no

alto da minha clara montanha
de subtis e suaves brisas
primaveris e olorosas!
*
Porém, saboreá-la

em espaços limitados

é uma gloriosa conquista!

*

Subo quando quero ao
alto da minha clara montanha

de meigas brisas fragrantes,
onde, em perfeito quadrunvirato,
reinam: tomilho, funcho,
alfazema e ládano.
*
Quando o sol a adorna
de nuances fulvas, sinto-me
próxima do coração do universo
e murmuro preces puras
de gratidão e louvor.
*
Na minha montanha fascinante,
de doces e olorosas brisas primaveris,
a minha liberdade inexpugnável
alcança e toca o infinito
em sublime emoção.
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Majo Dutra

Via Láctea

Paisagem - pintura de Anca Bulgaru

~~ O DOCE RABI ~~

        ~~ I  PARTE ~~

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Era o doce e inteligente Rabi

Que todos ouviam com respeito

E muito amavam.

*

Foi sacrificado pelo Pai

E pelos homens.

Mistério terrível e perturbante!

*

 Horroriza a limitada mente humana,

Assim como o sofrimento

De todos os seres inocentes.

*

Ressuscitou ao terceiro dia,

Há cerca de dois mil longos anos

E foi sentado à direita do Pai e Senhor.

*

A injustiça jamais foi esquecida

E é recordada há séculos e séculos

Com imensa veneração.

*

Era o doce e inteligente Rabi,

Jamais esquecido,

Para sempre muito amado.

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MajoDutra  

Foto reportada num site religioso com as fotos da cruz que um soldado iraquiano
ergueu,  em 2o17,  sobre as ruínas de uma igreja ortodoxa na cidade de Sinjar --
situada na fronteira do Iraque com a Síria -- vitima de perseguições religiosas.

As fotos tornaram-se virais,  mas o soldado quis permanecer anónimo... Aqui

))) A TODOS DESEJO UMA BOA PÁSCOA EM PAZ (((

 ~~~ EM BREVE PAUSA ~~~

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... PRIMAVERA ATÍPICA ...

      No hemisfério boreal, sonhamos com a primavera durante o longo e frio inverno,

      enbalados pela persistente e alentadora esperança. Visionamo-nos ao ar livre e

      puro, num dia brilhante e colorido, redopiando de braços abertos em profundo e

      emocionante contentamento, com o sol a beijar-nos a pele bem carente.

      Escrevi-lhe um longo poema, esmerei-me  para que ficasse adorável e tocante: a

      minha primeira ode!  Porém perdi o entusiasmo de publicá-la, nem tem graça

      neste tempo sombrio.  Teremos que esperar por dias mais auspiciosos.

      As cidades parecem desertas, a única vantagem é a redução da emissão de CO2.

      É tempo de recolhimento, de reflexão e meditação,  quiçá de contemplação,  mas

      é também tempo que exige mentes lúcidas. corajosas e humanitárias.

      Encerro assim o Refúgio dos Poetas por uns tempos, desejando que a quarentena

      seja o mais breve e leve possível e que voltem os dias vibrantes e inspirados.

                      Majo Dutra

                                                        

Pintura de Gerhard Nesvadba